Obesidade na gestação é um fator de risco para o recém-nascido
A obesidade está sendo considerada um fator de risco grande para a saúde do recém-nascido. Não só a obesidade que leve a diabetes, ou hipertensão, mas a própria obesidade.
RN de mães obesas têm maior risco de sepse (infeção grave) e encefalopatia hipoxica-esquêmica (falta de oxigenação adequada), além do risco de maior tempo de trabalho de parto e maior chance de necessitar de uma cesárea.
O Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia recomenda que as gestantes ganhem de 11 a 15 kg durante a gestação, mas, para as mulheres obesas, esse valor deve ser de 5 a 9kg. É recomendado que todas as mulheres obesas tenham aconselhamento nutricional durante a gestação.
A obesidade por si só é um estado proinflamatório, condição que pode alterar o ambiente uterino e levar a resultados adversos logo após o parto.
As mulheres que querem engravidar devem controlar o peso antes da gestação e evitar o ganho excessivo de peso durante a gestação, para que o bebê e a mãe tenham boa saúde.
Nódulos de tireoide em idosos
Nódulos de tireoide sempre assustam as pessoas. Apesar de a maioria dos nódulos ser benigna, o resultado do ultrassom com nódulos deixa o indivíduo apreensivo até a consulta com o endocrinologista.
As características do nódulo ao ultrassom conseguem guiar o médico quanto ao risco maior ou menor de malignidade, e a grande maioria dos casos necessita apenas de acompanhamento com ultrassom anual, sem tratamento cirúrgico.
Em idosos, essa conduta deve ser ainda mais conservadora. Idosos acima de 70 anos, em geral, já apresentam outras comorbidades mais graves, como doenças do coração, diabetes, pressão alta, ou mesmo cânceres de outros órgãos, o que pode ser limitante para um procedimento cirúrgico.
Um estudo com idosos acima de 70 anos que apresentavam nódulos de tireoide mostrou que, quando os nódulos são mais agressivos, essas características já podem ser vistas ao ultrassom. Nesses casos, a cirurgia é, sim, indicada, para evitar complicações maiores do câncer de tireoide. Mas, em nódulos sem características de malignidade ao ultrassom ou com resultado da punção indeterminada, pode-se optar por um tratamento não cirúrgico, considerando que o câncer de tireoide não agressivo é uma doença de evolução muito lenta e a cirurgia pode ser um risco para pacientes com outras comorbidades.
Dieta mediterrânea reduz o risco e previne complicações do diabetes
A dieta mediterrânea é uma das minhas preferidas. Uma dieta equilibrada, sem exageros e sem exageros de restrições, sem receitas mirabolantes e com muitas opções de comida boa. É uma dieta com proporções favoráveis de gordura, carboidratos e proteínas, e rica em alimentos antiinflamatórios e antioxidantes. Além de tudo, é economicamente acessível a uma grande parte da população do planeta.
A dieta mediterrânea tem uma relação de 4 componentes vegetais para cada componente animal e as gorduras são ricas em ômega 3. Os 10 principais itens da dieta mediterrânea são:
- azeite extra virgem
- vegetais/ saladas em todas as refeições principais
- peixes ou frutos do mar, pelo menos, duas vezes na semana
- pequenas porções de carne vermelha e frango, menos frequentes que os peixes
- pães de grãos integrais
- frutas frescas todos os dias
- iogurtes naturais todos os dias
- castanhas todos os dias
- vinho com moderação nas refeições
No ADA (American Diabetes Association - um dos maiores congressos de diabetes do mundo) desse ano, foram mostrados os resultados de uma metanálise associando a dieta mediterrânea a 37 diferentes desfechos para a saúde. Os achados mostraram benefícios convincentes para:
- doença de Alzheimer
- demência
- incidência de cânceres em geral
- doenças neurodegenerativas
Os resultados são altamente sugestivos de diminuição de:
- mortalidade em geral
- doença cardiovascular
- doenças coronarianas
- infarto miocárdio
- diabetes
Um outro estudo com mais de 120 mil pacientes mostrou redução de 19% na incidência de diabetes tipo 2 na população que tem como dieta principal a mediterrânea. Os pacientes diabéticos que aderem à dieta mediterrânea têm 68% menor risco de desenvolver retinopatia diabética.
A dieta mediterrânea mostrou benefício, também, na redução de esteatose hepática ("gordura no fígado") em pacientes com esteatose hepática não-alcoólica (associada à obesidade).
A implementação da dieta mediterrânea a pacientes diabéticos leva a diminuição dos níveis de HbA1c, enzimas hepáticas (marcadores da esteatose hepática) e melhora da resistência a insulina.
Massa muscular em idosos
A massa muscular começa a diminuir a partir dos 40 anos. Após os 60 anos, nós perdemos, por ano, o que se perde em uma década após os 40 anos.
A perda de massa muscular leva à fraqueza muscular, menor mobilidade e agilidade e pode ter consequências no metabolismo, como resistência à insulina e diabetes tipo 2. Quando há grande perda de massa muscular, levando a uma importante fraqueza muscular, como a dificuldade em se levantar de uma cadeira ou carregar um objeto, chamamos de sarcopenia.
A boa notícia é que a alimentação adequada em proteínas e exercício resistido (musculação) regular podem reverter esse quadro!
Em adultos jovens, o exercício resistido leva ao aumento do número de células musculares e hipertrofia das células. Com o envelhecimento, há morte de células musculares e atrofia das que sobram, mas a musculação pode hipertrofiar novamente essas células restantes.
O segredo é fazer musculação regularmente e aumentar progressivamente a intensidade. Os estudos foram realizados com exercícios intensos, com 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições, 2 ou 3 vezes por semana. Deve-se tomar muito cuidado com as articulações, para não haver lesões, sempre com acompanhamento de um profissional adequado.
Em relação à alimentação, o ideal é a ingestão de 1,2g de proteína/kg de peso/dia. Lembrando que cada 100g de carne ou frango tem apenas 25g de proteína. É muito difícil os idosos atingirem a quantidade adequada de proteína diária. Por isso, sempre que necessário, deve-se fazer a suplementação de proteína, com whey protein ou outros produtos ricos em proteína.
Mindful eating
Você já ouviu falar em mindful eating? Esse termo vem junto com a tendência ao mindfulness, e nada mais é do que comer prestando atenção ao ato de comer e à comida que está comendo.
A nossa vida corrida dificulta que prestemos a devida atenção ao que estamos fazendo, e fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Isso gera uma sensação de cansaço, ansiedade e estamos sempre sobrecarregados.
Algumas pequenas ações podem ajudar a comer com mais "foco". O ideal é levar essas ações para tudo que fazemos no dia, prestando mais atenção e nos dedicando de verdade ao que estamos fazendo, sem distrações e sem fazer outras coisas ao mesmo tempo.
1) Diminua o ritmo
Comer sem pressa ajuda o corpo a perceber os sinais que nosso cérebro dá a respeito da saciedade. Em geral, ficamos satisfeitos após 20 minutos comendo. Se comemos muito rápido, não percebemos os sinais do cérebro para parar de comer. Maneiras simples de diminuir o ritmo são comer sentado, mastigar mais de 20 vezes cada garfada, repousar o garfo entre as garfadas.
2) Aprenda a reconhecer os sinais pessoais de fome
Comer por ansiedade, porque tem um problema, porque está nervoso ou nervosa não são sinais de fome do seu organismo, são sinais emocionais. Comer por tristeza, frustração, solidão, ou porque não tem nada mais para fazer são as principais causas de ganho de peso. Aprenda a reconhecer os sinais que o corpo dá quando tem, mesmo, fome: barriga roncando, sensação de falta de energia, discreta tontura. Quando estiver querendo comer, tente perceber a presença desses sinais, e coma apenas se tiver fome.
3) Escolha ambientes bons para comer
Comer andando, no carro, na mesa de trabalho não são bons ambientes para escolher bem o que comer. Para escolher bem sua refeição, o ideal é comer sentado a uma mesa de refeição, comer com um prato, garfo e faca, e não comer lanches com as mãos, direto da vasilha ou de pé. Quando comemos dessa maneira, a tendência a comer fazendo outras coisas é menor. E guardar os restos na geladeira ou despensa também ajuda a comida a não estar facilmente disponível. As comidas que ficam em cima da mesa o dia todo, certamente, não são as mais saudáveis.
4) Coma comida, não sentimentos
Comer a comida emocionalmente reconfortante não é saudável, e sim alimentos com bom valor nutricional. É importante aprender a comer uma grande variedade de alimentos, para poder escolher melhor e evitar comer apenas por gula. É possível aprender a gostar de alimentos saudáveis!
5) Preste atenção ao seu prato
Tente apenas comer a sua comida, sem televisão, celular, computador ou outras distrações, apenas aproveitar a comida e a companhia de quem está comendo com você.
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