Nódulos de tireoide
Os nódulos de tireoide têm se tornado muito frequentes nos últimos anos. Pela palpação da tireoide, apenas 4 a 8% dos nódulos são identificáveis, mas, em exames de ultrassonografia (USG), até 67% da população apresenta nódulos.
A maioria dos nódulos de tireoide é benigna. A incidência de câncer de tireoide em pacientes com nódulos, independente de quantos estão presentes e se o nódulo foi palpável ou não, é de 9 a 13%.
Mas, alguns fatores na história do paciente ou exame físico sugerem maior risco de malignidade:
- história de radioterapia na cabeça ou pescoço
- história de radioterapia para transplante de medula óssea
- história familiar de câncer de tireoide
- exposição a alguma radiação ionizante
- crescimento rápido do nódulo ou rouquidão (o nódulo pode acometer o nervo da corda vocal e causar rouquidão)
- linfonodos aumentados na região cervical lateral (região que drena a tireoide, pode ter metástases do câncer)
- nódulo não móvel à deglutição (isso indica que ele está fixo aos tecidos ao redor, mais agressivo)
Algumas características do nódulo à USG também podem ser indicativos de nódulos malignos:
- presença de microcalcificações
- nódulos hipoecogênicos
- ausência de halo ao redor do nódulo
- vascularização aumentada no centro do nódulo, ao doppler
- margens irregulares e pouco definidas
- nódulo maior que 1 cm, principalmente se maior na altura que comprimento
E o que fazer agora que tenho nódulos na tireoide?
Os nódulos menores que 1 cm sem outras características sugestivas de malignidade na história, exame físico ou USG, não precisam ser investigados. Uma pessoa pode ter o nódulo na tireoide para sempre, sem que isso acarrete comprometimento de qualquer função do organsimo.
Mas, se há qualquer outra característica que leve a pensar em malignidade, deve ser feita a punção do nódulo (PAAF - punção aspirativa por agulha fina). A punção é o exame que retira uma porção do nódulo para ser analisada microscopicamente e possibilitar a definição diagnóstica, como uma biópsia.
Feita a punção e a análise das células, muitos resultados são possíveis. A conduta a ser tomada depende desse resultado.
1. não diagnóstico ou insatisfatório - o nódulo pode ter poucas células, que não foram suficientes para análise adequada; ou o médico que realizou o exame não conseguiu fazê-lo adequadamente. Nesse caso, o exame deve ser repetido.
2. nódulo benigno
3. atipia de significado indeterminado ou lesão folicular de significado indeterminado - o nódulo folicular é o único que não pode ser definido se maligno ou benigno pela PAAF. O que determina a benignidade é o tipo de cápsula do nódulo, que pode ser vista macroscopicamente. Ou seja, o paciente deve ser submetido a cirurgia e, durante o ato cirúrgico, a cápsula é analisada e o nódulo definido como benigno ou maligno
4. suspeito para malignidade - o risco é muito alto de ser um nódulo maligno e o paciente deve ser operado
5. nódulo maligno - trtatamento definitivamente cirúrgico
Atualmente, estão disponíveis testes moleculares para ajudar na avaliação de risco de malignidade do nódulo. Eles são indicados, principalmente, no caso de resultado como o item 3 acima (atipia de significado indeterminado ou lesão folicular de significado indeterminado). O teste pode indicar maior probabilidade de o nódulo ser maligno ou benigno pela presença de mutações genéticas. O resultado positivo do teste indica malignidade, mas o resultado negativo não afasta.
Qual o tratamento para os nódulos de tireoide?
Não há medicamentos para os nódulos de tireoide.
Se o paciente tem um nódulo benigno, nada precisa ser feito. Apenas seguimento com USG anual. Se o nódulo não crescer durante o seguimento, não é necessário mais nenhum exame. Mas, se o nódulo apresentar um crescimento maior ou igual a 20% em um ano, uma nova PAAF deve ser feita para garantir que o nódulo é benigno mesmo. Um nódulo benigno não vira maligno. Mas, raramente, pode ter ocorrido um erro na análise inicial e o nódulo não ser verdadeiramente benigno.
O nódulo maligno é o câncer de tireoide e deve ser sempre operado e seguido com muito cuidado, para evitar metástases ou recidivas. Para saber mais sobre o câncer de tireoide, clique aqui.
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