Papel dos hormônios na amamentação
Ação do estrógeno, progesterona, prolactina e ocitocina na amamentação
Os hormônios agem para produzir o leite materno desde o início da gestação. O estrógeno e a progesterona, que estão elevadíssimos na gestação, estimulam a proliferação das glândulas mamárias e a produção de um colostro ralo, clarinho, desde o segundo mês. O colostro é produzido durante todo o tempo, mas a prolactina, que produz o verdadeiro leite, é inibida por outros hormônios, nessa fase.
Após o nascimento do bebê e a saída da placenta, os níveis de estrogênio e progesterona caem abruptamente, e a prolactina pode agir na mama para estimular a produção de leite. Os hormônios da tireoide e da glândula supra-renal também têm um papel secundário nessa fase.
A produção de leite depende, principalmente, do estímulo do bebê. É um sistema chamado de feedback positivo: quanto mais o bebê suga, mais leite é produzido. A sucção estimula terminações nervosas na aréola, que aumentam a produção de prolactina e da ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite.
A ocitocina também é responsável pela contração do útero, acelerando sua involução e portanto diminuindo o sangramento pós-parto. Algumas mães queixam-se de cólicas durante as mamadas nos primeiros dias após o parto. Isto se deve à contração uterina que ocorre com o estímulo da sucção.
Prolactinoma
O que é prolactinoma?
Prolactinoma é um tumor benigno da glândula hipófise, produtor de prolactina.
Hipófise ou pituitária é uma glândula situada no cérebro, que produz os hormônios que regulam todos os outros hormônios do nosso organismo, é ela que "manda em tudo".
A prolactina é um hormônio produzido normalmente por homens e mulheres, em pequenas quantidades. É mais importante em mulheres, e está relacionado ao desenvolvimento das glândulas mamárias e à produção de leite na amamentação.
Quais são os sintomas do prolactinoma?
O prolactinoma produz prolactina em quantidade muito elevada, causando distúrbios relacionados ao sistema reprodutor e à função sexual, tanto em homens quanto mulheres.
Nas mulheres, causa irregularidade menstrual, infertilidade, diminuição da libido, saída de leite das mamas (galactorréia), além de sintomas inespecíficos, como cansaço, desânimo.
Nos homens, pode causar, principalmente, impotência sexual e infertilidade. Pode ocorrer, ainda, aumento do volume das mamas e, muito raramente, galactorréia. Como a função sexual pode ser alterada por muitos outros motivos, como o estresse do dia a dia, o homem leva muito mais tempo que a mulher para investigar o problema e, justamente por isso, é mais comum apresentar tumores grandes (maiores que 1 cm).
Como é feito o diagnóstico do prolactinoma?
O diagnóstico é feito pela dosagem hormonal no sangue e pela ressonância magnética, para avaliar a presença e o tamanho do tumor.
Há algumas situações que aumentam os níveis de prolactina, sem que haja um tumor causando isso. Alguns medicamentos como antidepressivos, metoclopramida (Plasil), anticoncepcionais, consumo frequente de cerveja preta, exercícios extenuantes ou mesmo estresse ou gravidez podem aumentar os valores do hormônio.
Qual é o tratamento para o prolactinoma?
O tratamento é indicado quando há aumento dos níveis sanguíneos e tumor presente à ressonância, e é feito com medicamentos. Em geral, não há necessidade de cirurgia, mesmo com tumores grandes (maiores que 1 cm).
Se o tumor for menor que 1 cm, o tratamento é feito, geralmente, até que se atinja a menopausa (nas mulheres) ou até que haja diminuição de mais de 50% do tamanho do tumor à ressonância magnética. A monitorização deve ser rigorosa, para avaliar novo crescimento do tumor e aumento dos níveis hormonais.
Em tumores maiores que 1 cm, o tratamento é feito indefinidamente, tanto em homens quanto em mulheres.
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