O consumo de açúcar e o lobby das indústrias
Ao contrário do que deveríamos esperar, muitas das organizações de saúde, inclusive as que deveriam se dedicar a combater a epidemia de obesidade, fazem acordos financeiros com empresas como Coca-Cola e PepsiCo.
De 2011 a 2015, a Coca-Cola e a PepsiCo patrocinaram programas de saúde de 96 organizações de saúde, como American Diabetes Association, American Heart Association, American Academy of Pediatrics! E conseguiram bloquear 29 propostas de saúde pública para diminuir o consumo de refrigerantes e promover uma melhor nutrição.
Pesquisas já comprovaram que o açúcar é metabolizado como álcool, causa diabetes tipo 2, esteatose hepática e causa vício, independente das suas calorias. E é comprovado que os refrigerantes causam cáries nos dentes, a maior causa de dor crônica no planeta.
Espero que isso mude logo. É inaceitável que o dinheiro dessas empresas fale mais do que as medidas para melhorar a saúde da população.
A polêmica dos adoçantes - Sucralose
O uso de adoçantes é sempre um assunto polêmico, e o artigo abaixo informa as recomendações do Conselho Federal de Nutrição em relação a um tipo de adoçante, a sucralose.
Leia mais sobre adoçantes em geral nos posts: "Adoçantes - úteis ou perigosos?" e "Adoçantes ou açúcar?"
Recomendação CFN nº 3/2016 – Sucralose
O Conselho Federal de Nutricionistas no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 6.583, de 20 de outubro de 1978 e pelo Decreto nº 84.444, de 30 de janeiro de 1980;
CONSIDERANDO os vários comentários negativos sobre a sucralose em redes sociais, mídias e em alguns eventos, entre eles, que o referido adoçante aumentaria a secreção de insulina, causaria alterações na tireoide, câncer;
CONSIDERANDO a dúvida se o consumo de sucralose deve ou não ser indicado pelo nutricionista a seus pacientes;
INFORMA que:
Apesar de informações circulantes de malefícios sobre a sucralose, não foram encontrados estudos científicos (desenvolvidos com humanos e em quantidade representativa) que suportem as afirmações de que o consumo do edulcorante aumentaria a secreção de insulina, causaria alterações na tireoide e câncer.
A sucralose foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) como um edulcorante de mesa em 1998, seguindo-se a aprovação como um adoçante de uso geral em 1999. Antes de aprovar o adoçante, o FDA revisou mais de 100 estudos de segurança realizados no edulcorante, incluindo estudos para avaliar o risco de câncer. Os resultados destes estudos não mostraram nenhuma evidência de que o adoçante cause câncer ou represente qualquer outra ameaça à saúde humana (1). Não existem evidências claras de que os adoçantes disponíveis comercialmente nos Estados Unidos estejam associados com o risco de câncer em seres humanos (2).
A Ingestão Diária Aceitável (ADI) é de 0-15 mg / kg de peso corporal – última avaliação em 1990, segundo o resumo das avaliações realizadas pelo Comitê Misto Food and Agriculture Organization of the United Nations/World Health Organization (FAO/WHO) de Peritos em Aditivos Alimentares. (3)
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, registrou em 01 de agosto de 2015 que “evidências obrigam o INCA a cumprir com sua responsabilidade de informar à população que o consumo de adoçantes artificiais está associado ao desenvolvimento de algumas doenças, inclusive do câncer”. No texto, a sucralose especificamente não foi mencionada como causadora de malefícios, e sim a sacarina sódica, o aspartame e edulcorantes em geral. (4)
Em busca de mais informações, em contato com a Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA, nos foi informado que ainda não há evidências que relacionem o consumo de sucralose com o desenvolvimento de câncer em seres humanos. No entanto, há motivos para o reconhecimento da hipótese de relação entre o uso de adoçantes não nutritivos e o risco de desenvolver a doença e por isso o INCA adotou a recomendação de evitar o consumo de qualquer tipo de adoçante artificial, inclusive a sucralose, para a população sem indicação clínica específica para o uso da substância.
A sucralose foi sugerida para avaliação do Grupo Consultivo da International Agency for Research on Cancer (IARC), com alta prioridade, para estimativa de carga global do Câncer, no decorrer dos anos de 2015 a 2019 (5).
O Conselho Federal de Nutricionistas recomenda ao nutricionista:
1. Com base no Código de Ética do Nutricionista – Resolução CFN nº 334/2004, alterada pela Resolução CFN nº 541/2014 (6) -, o nutricionista deve analisar com rigor técnico-científico qualquer tipo de prática ou pesquisa, adotando-a somente quando houver níveis consistentes de evidências científicas – sendo que informações repassadas em redes sociais, mídias e eventos sem a apresentação das referências literárias das informações não devem respaldar a prática profissional.
2. Manter constante leitura, pesquisa, estudo e consulta a órgãos que realizam pesquisas, como os mencionados, para atendimento aos pacientes ou outras condutas profissionais.
3. Indicar adoçante artificial apenas a pacientes com necessidade clínica específica para o uso da substância, respeitando-se os limites de Ingestão Diária Aceitável.
Destacamos que é de responsabilidade do nutricionista assumir os atos praticados no seu exercício profissional, cabendo aos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas a apuração dos mesmos quando provocados.
Obesidade infantil
Nos últimos 30 anos, o número de crianças com excesso de peso triplicou, e a obesidade infantil é uma das doenças mais comuns nos consultórios de pediatria e endocrinologia.
Os dados são alarmantes. Segundo dados do IBGE, em 2010, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Entre os meninos de 10 a 19 anos, a taxa de obesidade passou de 3,7% em 1975 para 21,7% em 2009.
A herança genética da obesidade depende da interação de vários genes, mas, na maioria das vezes, o excesso de peso é decorrente de causas externas, com uma ingestão calórica maior que a necessária, associada a diminuição do nível de atividade física. As doenças endócrinas e genéticas são causas raras de obesidade infantil.
O cálculo do peso adequado da criança é feito pelo mesmo método dos adultos, o IMC (índice de massa corporal), calculado dividindo-se o peso (kg) pela altura (cm) ao quadrado. O IMC deve ser colocado em uma curva, assim como a curva de peso e altura que é usada para acompanhar o crescimento da criança. Há uma curva para cada idade e sexo, como a abaixo.
A maior preocupação da obesidade infantil são as complicações que podem estar associadas. Além das complicações comuns aos adultos, como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, esteatose hepática, pode haver puberdade precoce, fechamento precoce das epífises, com baixa estatura, alterações do alinhamento da coluna vertebral.
As estratégias para perda de peso na infância são as mesmas que para os adultos, diminuir a ingestão calórica, e aumentar a atividade física. Para as crianças, parece ser mais eficaz aumentar atividades da rotina, como futebol, dança, caratê, etc. Envolver as crianças em tarefas que incluam a compra e preparo das refeições ajuda a melhorar a qualidade do que costumam comer.
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, mas apenas o Orlistate é aprovado para o uso em crianças maiores de 12 anos. Não há nenhum medicamento aprovado para tratamento do excesso de peso em menores de 12 anos.
A melhor maneira de cuidar da obesidade infantil é preveni-la! É muito importante ensinar a criança desde cedo a ter uma alimentação saudável, com frutas, legumes e verduras, nos horários corretos, sem guloseimas em excesso e sem substituir refeições por lanches! E é essencial que os pais dêem o exemplo, alimentando-se corretamente.
Dicas para emagrecer com saúde
Emagrecer não é uma tarefa fácil! Mas algumas dicas podem tornar esse processo mais prazeroso e com melhor resultado.
1o passo: Manter um diário alimentar por 3 semanas.
- Anote tudo o que come ou bebe. Automaticamente, você tenderá a melhorar a alimentação ao prestar mais atenção no que ingere.
- Enquanto mantém o diário, pense nos motivos que podem ter causado o ganho de peso e nos motivos que te fazem querer perdê-lo. Você deve perder peso para você! Se não estiver motivado, se estiver fazendo isso por outros, o resultado não será o esperado.
2o passo: Analisar o diário
- Encontre os “agressores” da sua alimentação, aqueles que são a principal causa do ganho de peso e mais prejudiciais à saúde (Doces? Pizzas? Refrigerantes? Sanduíches? Etc).
- Elimine os “agressores” progressivamente. Por exemplo: o principal agressor é o chocolate diariamente – primeiro diminua a quantidade de chocolate, depois coma essa menor quantidade menos vezes na semana, depois troque por um pequeno pedaço, uma ou duas vezes na semana, de chocolate meio amargo.
3o passo: Apreciar a comida
- Sempre pense no que está comendo, tenha prazer com o alimento, aprecie como se fosse uma taça de vinho. O maior prazer está nas primeiras garfadas, ponha pouco no prato e mastigue devagar, saboreando, mesmo que seja a comida de sempre.
- Prepare sua própria comida
- Coma sentado, sem outras distrações e repouse os talheres na mesa entre cada garfada.
4o passo: Beber mais água
- Acrescente um copo grande de água ao acordar e ao deitar, obrigatoriamente. Aos poucos, criará o hábito de beber mais água.
OMS coloca bacon, linguiça e salsicha na lista de alimentos cancerígenos
Do G1
O consumo de produtos como salsicha, linguiça bacon e presunto, aumenta o risco de câncer do intestino em humanos, afirma um novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) publicado nesta segunda-feira (26). De acordo com o documento, a carne processada é um fator de risco certo para a doença, e carnes vermelhas de um modo geral são um fator de risco "provável".
As canes processadas foram colocadas na lista do grupo 1 de carcinogênicos – que já inclui tabaco, amianto e fumaça de diesel – para os quais já há “evidência suficiente” de ligação com o câncer. O relatório foi feito pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer), órgão ligado à OMS.
Risco de câncer
"Para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal em razão do consumo de carne processada permanece pequeno, mas esse risco aumenta com a quantidade de carne consumida", afirmou Kurt Straif, chefe de programa Monographs, do IARC, que avalia riscos para o câncer.
Um estudo de meta-análise -- que avaliou diversos outros estudos-- estima que cada porção diária de 50 gramas de carne processada aumente o risco de câncer colorretal em 18%. Esse tipo de câncer é hoje o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens, e está matando 694 mil pessoas por ano (segundo dados de 2012 da OMS, os mais recentes).
A carne vermelha - grupo dentro da qual estão tecido muscular de boi, porco, carneiro, bode e cavalo - foi classificada como um carcinógeno (produto capaz de provocar câncer) "provável" e entrou na lista do grupo 2A, que contém o glifosato, princípio ativo de muitos herbicidas.
A definição do IARC para carne processada inclui produtos "transformados por salgamento, curagem, fermentação, defumação e outros processos para realçar sabor ou melhorar a preservação", afirma um artigo publicado por cientistas do IARC na revista médica "The Lancet", que acompanhou a divulgação do novo relatório.
Carne vermelha
"Essas descobertas dão mais suporte às recomendações sanitárias atuais para limitar o consumo de carne", afirmou Christopher Wild, diretor do IARC.
"Ao mesmo tempo, a carne vermelha tem valor nutricional", afirmou o médico, sugerindo que as novas recomendações não sejam encaradas de maneira alarmista. "Esses resultados, então, são importantes para permitir governos e agências regulatórias internacionais para conduzirem avaliações de risco, de modo a equilibrar riscos e benefícios de comer carne vermelha ou processada e para fornecer as melhores recomendações diárias possíveis."
"A maior parte das carnes processadas contém carne de porco ou boi, mas também pode conter outras carnes vermelhas, frango, carne de segunda (fígado, por exemplo), ou subprodutos da carne, como o sangue", afirma o artigo.
A classificação mais branda para a carne vermelha é reflexo de "evidências limitadas" de que ela causa câncer. O IARC descobriu ligações principalmente com o câncer de intestino, mas também observou associações com tumores no pâncreas e na próstata, afirmou.
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