10 coisas que você precisa saber sobre o diabetes
Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes:
1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL. A partir de 100mg/dL em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas indesejáveis e com complicações que merecem atenção.
2. Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.
3. A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física.
4. A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação, principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista.
5. As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.
6. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.
7. A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.
8. Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de atividade física.
9. O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2. Ainda se estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções, principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito pouco freqüente.
10. Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que, no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago (gastroplastia) têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que não estão acima do peso. Salienta-se que esses métodos ainda são absolutamente experimentais.
Artigo do site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Hormônios bioidênticos
Hormônios Bioidênticos são substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.
fonte: site Sociedade Brasileira de endocrinologia e metabologia
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Uma delas é a reposição hormonal.
Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.
Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. "Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano", afirma.
De acordo com a Dra. Ruth Clapauch*, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. "Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras", afirma. Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. "Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas para comercialização", afirma.
A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal "customização", é praticamente impossível de ser alcançada "porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas". Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.
A especialista concorda com o texto. "Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados", afirma. "Com hormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias", completa.
Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. "Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química", alerta a Dra. Ruth.
Dra. Ruth Clapauch é vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia, autora de diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre reposição hormonal
Obesidade na gestação
A gestação está na lista dos fatores clássicos desencadeantes da obesidade, mas o início ou manutenção da obesidade nessa fase tem muitos riscos para a mãe e para o bebê.
A obesidade é uma epidemia mundial e sua prevalência tem aumentado em todas as parcelas da população. Entre as mulheres em idade fértil (20 a 39 anos), 29% têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30kg/m2.
A gestação está na lista dos fatores clássicos desencadeantes da obesidade, mas o início ou manutenção da obesidade nessa fase tem muitos riscos para a mãe e para o bebê.
Numa gestação normal, o ganho de peso ocorre devido a aumento de tecidos maternos e dos produtos da concepção, como descrito abaixo:
- Produtos da concepção
- Feto 2,7 Kg a 3,6 Kg
- Líquido aminiótico 0,9 Kg a 1,4 Kg
- Placenta 0,9 kg a 1,4 kg.
- Aumento dos tecidos maternos
- Expansão do volume sanguíneo 1,6 kg a 1,8 kg.
- Expansão do líquido extracelular 0,9 kg a 1,4 kg.
- Crescimento do útero 1,4 kg a 1,8 kg.
- Aumento do volume de mamas 0,7 kg a 0,9 kg.
- Aumento dos depósitos maternos – tecido adiposo 3,6 kg a 4,5 kg.
De acordo com o peso pré-gestacional, é recomendado que a gestante ganhe peso como descrito a seguir:
Mulheres que ganham peso dentro dos limites propostos têm menor chance de ter filhos muito pequenos ou muito grandes para idade gestacional. No entanto, cerca de 2/3 das mulheres ganham mais peso que o recomendado. Isso leva a complicações durante a gestação, além de contribuir para a retenção de peso pós-parto e, assim, para o desenvolvimento da obesidade e suas complicações ao longo da vida.
Impactos da Obesidade na Gestação
A incidência de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) em gestantes obesas é quatro vezes maior que na população geral. O DMG está relacionado tanto ao excesso de peso da mulher ao engravidar, quanto ao ganho excessivo de peso na gestação, e aumenta o risco de aborto e complicações no parto. É necessário um controle rigoroso da alimentação da gestante e, muitas vezes, é preciso usar insulina para o controle adequado da glicemia.
Em geral, os bebês de mães com DMG são muito grandes (macrossomia fetal), o que leva às complicações durante a gestação e parto. Além disso, o DMG aumenta a chance de a mãe e o bebê se tornarem diabéticos ao longo da vida.
Gestantes obesas também estão expostas a maior risco de hipertensão, trabalho de parto prematuro e infecções do trato urinário durante e gestação. A pré-eclâmpsia, complicação da hipertensão na gestação, que resulta em partos prematuros, é duas vezes mais comum em mulheres com sobrepeso (IMC >26) previamente à gestação e três vezes mais comum em mulheres obesas (IMC >30).
Impactos da Obesidade da mãe para o Recém-Nascido
A macrossomia fetal é a complicação mais frequente em filhos de gestantes obesas, o que pode levar a aborto e complicações no parto, como mencionado anteriormente.
Além disso, mães obesas podem ter mais dificuldade para amamentar os seus filhos. Em geral, há atraso no início da lactogênese (descida do leite), associado a trabalhos de parto prolongados, parto cesariana ou pelo DMG. Pode haver dificuldade na manutenção da amamentação, sendo um dos motivos as mamas volumosas.
A longo prazo, os filhos de mães obesas podem se tornar indivíduos obesos. Durante a gestação, o aumento dos níveis circulantes de insulina, principalmente se houver DMG, levam a aumento no número e volume dos adipócitos do feto, ou seja, a criança já nasce com tecido adiposo maior e mais capaz de armazenar gordura. O ambiente intra-útero rico em açúcar e gorduras modula as vias cerebrais da alimentação e podem predispor a criança a uma preferência por alimentos ricos em gordura.
Portanto, é muito importante que a mulher tenha uma alimentação adequada não só durante a gestação, mas antes de planejar engravidar também!
Uso de anabolizantes
O uso de anabolizantes, infelizmente, vem se tornando um hábito cada vez mais comum. são usados principalmente por pessoas que praticam esportes, para aumentar a competitividade ou ajudar na cura de lesões ou, simplesmente, por questões estéticas. Porém, o consumo excessivo desse tipo de produto é muito perigoso e pode causar danos irreparáveis ao corpo humano.
O uso de anabolizantes, infelizmente, vem se tornando um hábito cada vez mais comum. são usados principalmente por pessoas que praticam esportes, para aumentar a competitividade ou ajudar na cura de lesões ou, simplesmente, por questões estéticas. Porém, o consumo excessivo desse tipo de produto é muito perigoso e pode causar danos irreparáveis ao corpo humano.
Os esteróides androgênicos anabólicos, mais conhecidos como anabolizantes, são produtos derivados da testosterona. A testosterona é o hormônio responsável por muitas características que diferenciam homens e mulheres, como as diferenças nos órgãos sexuais, o timbre da voz, a distribuição de pêlos e a força muscular.
Esses produtos são comercializados para fins terapêuticos, como em homens que tenham menor produção da testosterona por doenças hormonais ou para fortalecimento muscular em pacientes com atrofia por alguma doença músculo-esquelética. O uso para outros fins é ilegal e muito perigoso.
Pessoas que usam os anabolizantes sem fins terapêuticos abusam da dose e isso provoca inúmeras consequências:
- em ambos os sexos: acne, queda de cabelo, alteração da função do fígado, agressividade, alucinações, trombose, hipertensão arterial, além do risco de doenças como AIDS e hepatite, pois o uso é injetável
- em mulheres: voz grossa, aumento de pêlos e surgimento em locais não usuais, aumento do clitóris, alterações menstruais, diminuição dos seios
- em homens: aparecimento de mamas, redução dos testículos, infertilidade, calvície
- em adolescentes: comprometimento do crescimento, desenvolvimento sexual precoce, hipervirilização
Um estudo de 2007 mostrou que o usuário típico não é o adolescente ou o atleta, mas o homem de cerca de 30 anos, bem educado e com renda alta. Foram pesquisados 2.663 homens e mulheres de 81 países, indicando que o motivo principal para o uso desses compostos é o aumento da musculatura.
Tome muito cuidado com o uso de substâncias ilegais e sem orientação médica! Isso pode te trazer consequências irreparáveis!
O que você sabe sobre "pressão alta"?
A hipertensão arterial, ou pressão alta, é diagnosticada quando a pressão arterial, após ser medida por duas ou mais vezes, é igual ou superior a 14 por 9 (140x90 mmHg)
A hipertensão arterial, ou pressão alta, é diagnosticada quando a pressão arterial, após ser medida por duas ou mais vezes, é igual ou superior a 14 por 9 (140x90 mmHg) . Isso acontece porque os vasos por onde o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve.
A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassa 130 mmHg e a diastólica (mínima) é inferior a 85 mmHg. E ela pode variar durante o dia, tendendo a diminuir quando estamos dormindo e aumentar quando realizamos esforço físico.
A hipertensão é uma doença silienciosa e, na maioria dos casos, não produz sintomas óbvios. Em geral, tem causa genética, mas pode ser desencadeada ou piorada por hábitos de vida ruins, como: obesidade, ingestão excessiva de sal ou de bebida alcoólica e inatividade física.
O objetivo de tratar a hipertensão arterial é evitar suas complicações, que podem ser muito graves. O tratamento correto pode evitar futuros infartos do coração, derrames, alteração da função dos rins, etc. O paciente hipertenso deve tomar diariamente os chamados anti-hipertensivos e adotar hábitos saudáveis: evitar o excesso de sal na alimentação, bebidas alcoólicas, controlar o peso, fazer exercícios físicos, evitar o fumo e controlar o estresse.
Em alguns casos, o paciente só tem pressão alta quando esta é medida em consultório médico. Fora do consultório, ela é normal. É a chamada síndrome do avental branco. Para investigar isso, deve ser realizado um exame chamado MAPA - monitorização ambulatorial da pressão arterial, que mede a pressão durante 24 horas com aparelho automático.
Portanto, se você é hipertenso, tome seus medicamentos corretamente, não deixe de usá-los quando a pressão melhora. É justamente por causa dos remédios que ela ficou boa!! E se você não sabe se é ou não hipertenso, vá ao seu médico e verifique sua pressão arterial.
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