Nódulos de tireoide em idosos
Nódulos de tireoide sempre assustam as pessoas. Apesar de a maioria dos nódulos ser benigna, o resultado do ultrassom com nódulos deixa o indivíduo apreensivo até a consulta com o endocrinologista.
As características do nódulo ao ultrassom conseguem guiar o médico quanto ao risco maior ou menor de malignidade, e a grande maioria dos casos necessita apenas de acompanhamento com ultrassom anual, sem tratamento cirúrgico.
Em idosos, essa conduta deve ser ainda mais conservadora. Idosos acima de 70 anos, em geral, já apresentam outras comorbidades mais graves, como doenças do coração, diabetes, pressão alta, ou mesmo cânceres de outros órgãos, o que pode ser limitante para um procedimento cirúrgico.
Um estudo com idosos acima de 70 anos que apresentavam nódulos de tireoide mostrou que, quando os nódulos são mais agressivos, essas características já podem ser vistas ao ultrassom. Nesses casos, a cirurgia é, sim, indicada, para evitar complicações maiores do câncer de tireoide. Mas, em nódulos sem características de malignidade ao ultrassom ou com resultado da punção indeterminada, pode-se optar por um tratamento não cirúrgico, considerando que o câncer de tireoide não agressivo é uma doença de evolução muito lenta e a cirurgia pode ser um risco para pacientes com outras comorbidades.
Massa muscular em idosos
A massa muscular começa a diminuir a partir dos 40 anos. Após os 60 anos, nós perdemos, por ano, o que se perde em uma década após os 40 anos.
A perda de massa muscular leva à fraqueza muscular, menor mobilidade e agilidade e pode ter consequências no metabolismo, como resistência à insulina e diabetes tipo 2. Quando há grande perda de massa muscular, levando a uma importante fraqueza muscular, como a dificuldade em se levantar de uma cadeira ou carregar um objeto, chamamos de sarcopenia.
A boa notícia é que a alimentação adequada em proteínas e exercício resistido (musculação) regular podem reverter esse quadro!
Em adultos jovens, o exercício resistido leva ao aumento do número de células musculares e hipertrofia das células. Com o envelhecimento, há morte de células musculares e atrofia das que sobram, mas a musculação pode hipertrofiar novamente essas células restantes.
O segredo é fazer musculação regularmente e aumentar progressivamente a intensidade. Os estudos foram realizados com exercícios intensos, com 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições, 2 ou 3 vezes por semana. Deve-se tomar muito cuidado com as articulações, para não haver lesões, sempre com acompanhamento de um profissional adequado.
Em relação à alimentação, o ideal é a ingestão de 1,2g de proteína/kg de peso/dia. Lembrando que cada 100g de carne ou frango tem apenas 25g de proteína. É muito difícil os idosos atingirem a quantidade adequada de proteína diária. Por isso, sempre que necessário, deve-se fazer a suplementação de proteína, com whey protein ou outros produtos ricos em proteína.
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