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A volta do ovo

Entenda por que o ovo deixou de ser um vilão e agora voltou a ser considerado um alimento saudável.

O ovo é um alimento de baixo custo e uma excelente fonte de vários nutrientes, como vitaminas, proteínas, lipídeos e minerais.

  • Vitaminas:

A, D, E, K, B12

Folato, riboflavina, colina 

  • Minerais:

Selênio/ Ferro/ Fósforo/ Calcio/ Magnésio/ Sódio/ Potássio/ Cloro/ Iodo/ Manganês/ Enxofre/ Cobre/ Zinco

As proteínas são de alta qualidade e, em conjunto com os lipídeos, aumentam a biodisponibilidade de nutrientes como luteina e zeaxantina, que previnem a degeneração macular (doença nos olhos). 

As proteínas estão presentes na clara e todos os outros nutrientes, na gema.

Mas e o colesterol?

Um ovo pode conter de 50 a 250 mg de colesterol, dependendo do tamanho. As recomendações atuais limitam o consumo de colesterol a 300mg ao dia. Mas os últimos estudos indicam que a ingestão de um ovo ao dia é aceitável, desde que outros alimentos ricos em colesterol sejam limitados na dieta.

Algumas populações respondem pior ao consumo de colesterol da dieta, com maior aumento dos níveis de colesterol circulantes. Essas populações, como os portadores de diabetes, ou pacientes com infartos prévios, devem evitar o consumo dos alimentos ricos em colesterol, como o ovo. Mas, na população geral, a ingestão de quantidades pequenas de colesterol da dieta não eleva a concentração de colesterol no sangue.

É importante prestar atenção no preparo do ovo, com o cuidado de não acrescentar mais gordura e colesterol, como ovos fritos e mexidos. Escolhendo receitas adequadas, o ovo é, sim, um alimento saudável.

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Dislipidemias

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O colesterol e todas as gorduras têm a fama de serem substâncias muito maléficas para o nosso organismo. Mas não é exatamente assim! O nosso corpo necessita da gordura para compor a estrutura das membranas celulares em todo o nosso corpo, ou seja, todas as nossas células têm gordura. Além disso, o colesterol é essencial para a síntese de alguns hormônios, vitamina D e ácidos biliares (necessários para a digestão de gorduras da dieta).

Cerca de 70% do nosso colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto  os outros 30% vêm da dieta.

Existem vários tipos de colesterol, mas os principais são o HDL e o LDL. O HDL (“colesterol bom”) retira o colesterol da placa que se forma dentro das artérias e o carrega de volta ao fígado para ser excretado. Já o LDL (“colesterol ruim”) transporta o colesterol de células que mais produzem do que usam, para as células que mais necessitam. Ele é considerado ruim quando está em excesso, porque, dessa maneira, acumula-se nas paredes das artérias, podendo "entupir" as artérias. Quando a artéria "entupida" fica no coração, pode ocorrer um infarto; quando isso ocorre no cérebro, pode haver um derrame (acidente vascular cerebral, ou AVC).

A melhor maneira de manter o colesterol nos níveis adequados e saudáveis é praticar regularmente exercícios físicos e evitar comer alimentos gordurosos. Parar de fumar também é uma atitude que ajuda a neste controle.

Gema de ovo, bacon ou toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame e lingüiça e carnes de animais são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol.

Em alguns casos menos comuns, pode haver aumento dos níveis de colesterol sem alimentação gordurosa. Nesses casos, há um fator genético que determina produção excessiva endógena de colesterol, e várias gerações na família são afetadas. 

O tratamento para o aumento do colesterol sempre começa com melhora da alimentação e atividade física regular. Mas, se os níveis são muito elevados logo no primeiro exame, ou se o tratamento comportamental não tem sucesso, são necessários medicamentos específicos para isso.

O ideal é sempre levar uma vida saudável, evitando que as alterações de colesterol, glicemia, pressão arterial apareçam!

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Lipodistrofias

O que são lipodistrofias?

As lipodistrofias são um grupo de doença muito pouco conhecido pela população em geral e por muitos médicos, também. Lipodistrofia é a perda de tecido adiposo em determinado local do corpo. Ela pode ser adquirida ou familiar, generalizada ou parcial.

Atualmente, é dito que o tecido adiposo é o maior órgão endócrino do corpo e, por isso, a lipodistrofia faz parte das doenças tratadas por endocrinologistas.  O tecido adiposo produz inúmeras substâncias que agem nele mesmo ou em outros órgãos, e sofre ação de substâncias vindas de outros lugares do organismo (hormônios). Portanto, uma doença que altere a disposição de tecido adiposo no nosso corpo tem inúmeras consequências no metabolismo.

Sem tecido adiposo para armazenar a gordura, ela tem que ir para algum lugar, e começa a se acumular no fígado (esteatose hepática), nas partículas do sangue (colesterol alto e, principalmente, triglicerídeos altos) e nos músculos. O excesso de gordura nos músculos aumenta a resistência à ação da insulina nas células e o excesso de gordura circulante diminui a capacidade do pâncreas de secretar insulina, levando ao diabetes.

Quais os tipos de lipodistrofias?

Formas familiares

Generalizada (lipodistrofia de Berardinelli-Seip): ausência quase completa do tecido adiposo, com musculatura muito evidente no corpo todo, inclusive face. É reconhecida já ao nascimento ou infância e esses pacientes têm crescimento acelerado, idade óssea avançada para a idade, desenvolvem esteatose hepática e aumento de triglicerídeos na infância e diabetes na adolescência.

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-Parcial (síndrome de Dunnigan - 220 casos descritos): perda progressiva do tecido adiposo nos braços e pernas durante a puberdade e, posteriormente, em abdômen e tórax. A gordura é preservada ou aumentada em face, pescoço e intrabdominal.O diabetes, geralmente, se desenvolve a partir dos 20 anos, associado aos triglicerídeos elevados.

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Formas adquiridas

Generalizada (síndrome de Lawrence - menos de 100 casos descritos): semelhante à forma familiar, mas menos intensa. Início na infância ou adolescência em pacientes previamente saudáveis, pode evoluir em poucas semanas ou em vários anos. Evolui também com aumentos dos triglicerídeos, diabetes, e a esteatose hepática pode evoluir para cirrose em 20% dos casos.

Parcial (síndrome Barraquer-Simmonds - ~250 casos descritos): mais comum em mulheres, consiste em perda progressiva da gordura em face, pescoço, tórax, com direção descendente, iniciando-se na adolescência. A maioria dos pacientes não tem diabetes, mas apresenta doença renal ou doenças autoimunes (lúpus, dermatomiosites, etc)

Associada ao HIV: forma mais comum, associada às drogas para o tratamento da AIDS, que provocam lipoatrofia periférica (braços, pernas e face), com acúmulo de gordura central (abdômen, tórax, dorso). A progressão pode ser desfigurante e estigmatizante, podendo diminuir a aderência ao tratamento. Esses pacientes também apresentam diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados e esteatose hepática.

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Qual o tratamento para as lipodistrofias?

O tratamento da lipodistrofia deve incluir não só as alterações metabólicas, mas também o comprometimento estético e psicológico.

Dieta com o mínimo possível de gordura é o primeiro passo do tratamento. Drogas antidiabéticas como Pioglitazona tem tido melhora no perfil metabólico, mas alguns pacientes ainda podem necessitar de fibratos (medicação para triglicerídeos elevados) e insulina para o diabetes.

O tratamento estético é feito com lipoaspiração em áreas de acúmulo ou preenchimento e implantes em áreas de atrofia.

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