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Como aproveitar o final de semana sem abusar da comida?

Não sei se já te contaram, mas dá para aproveitar o final de semana com comidas diferentes e sem enfiar o pé na jaca.

O ponto mais importante é tentar manter o dia a dia leve e saudável. Comer salada e legumes no almoço e no jantar todos os dias, frutas, evitar comidas prontas e ultraprocessados, diminuir a carne vermelha.

Aos finais de semana, lembre que você pode comer uma coisa gostosa uma vez, não precisa passar o final de semana todo comendo mal.

Se for comer pizza, peça também uma opção com verdura. Abobrinha, rúcula, alcachofra. Não é porque é pizza que todos os pedaços precisam ser super gordurosos.

Se for comer um sanduíche, coma sem maionese, catchup, sem batata frita e substitua o refrigerante por água com gás saborizada.

Se tiver bebida alcoólica, não beba como se não houvesse amanhã. Intercale cada gole com um copo de água e beba com consciência, aproveitando cada gole.

Independente do prato que você for comer, coma devagar, saboreie e não coma até o final só para acabar. Coma enquanto estiver com fome de verdade. 

Não é porque já comeu um prato mais gorduroso que precisa comer sobremesa também. Escolha um ou outro. Vai ter sobremesa gostosa, coma algo mais leve ou menor quantidade.

E, se comeu a mais no almoço, vá com calma no jantar e vice-versa!

Esqueça o #jaque. Já que comi mal, vou continuar comendo… use um já que diferente! Já que comi mais aqui, vou comer menos ali!!!!!


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O que é obesidade?

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Você sabe definir obesidade? 

A comparação é a rainha da infelicidade e as mídias sociais escancaram isso ainda mais. Achar que tem que ficar com o corpo das blogueiras aumenta a busca por tratamentos para perda de peso. 

Mas obesidade não é querer caber no biquini sem que a barriga faça dobras. (É impossível se sentar e isso não acontecer!) É uma doença crônica e grave.

Obesidade é o excesso de tecido adiposo em todo o corpo, gordura periférica e visceral, que pode causar uma inflamação em todo o organismo e provocar muitas outras doenças.

A definição de obesidade é o índice de massa corpórea (IMC) maior do que 30kg/cm2. Essa conta é feita dividindo o peso (em Kg) pelo quadrado da altura (em cm). Entre 25 e 29,9, temos o sobrepeso.

A obesidade tem muitas causas diferentes. Tem influência genética, dos hábitos, uso de medicamentos, fatores ambientais. 

A boa notícia é que ela tem tratamento!!! Seja com medicamentos ou com a cirurgia bariátrica, há como perder peso. 

Lembrando que, sem uma melhora dos hábitos em geral, é muito difícil manter-se sem o peso perdido. 

Comer bem, fazer exercício, dormir bem, controlar o estresse são essenciais para perder peso e para ficar sem ele depois.

Procure sempre um médico que trate a obesidade com respeito e que possa te ajudar a perder o peso e a manter-se sem ele também! 


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Obesidade na gestação

A gestação está na lista dos fatores clássicos desencadeantes da obesidade, mas o início ou manutenção da obesidade nessa fase tem muitos riscos para a mãe e para o bebê.

A obesidade é uma epidemia mundial e sua prevalência tem aumentado em todas as parcelas da população. Entre as mulheres em idade fértil (20 a 39 anos), 29% têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30kg/m2.

A gestação está na lista dos fatores clássicos desencadeantes da obesidade, mas o início ou manutenção da obesidade nessa fase tem muitos riscos para a mãe e para o bebê.

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Numa gestação normal, o ganho de peso ocorre devido a aumento de tecidos maternos e dos produtos da concepção, como descrito abaixo:

- Produtos da concepção

  • Feto 2,7 Kg a 3,6 Kg
  • Líquido aminiótico 0,9 Kg a 1,4 Kg
  • Placenta 0,9 kg a 1,4 kg.

 - Aumento dos tecidos maternos

  • Expansão do volume sanguíneo 1,6 kg a 1,8 kg.
  • Expansão do líquido extracelular 0,9 kg a 1,4 kg.
  • Crescimento do útero 1,4 kg a 1,8 kg.
  • Aumento do volume de mamas 0,7 kg a 0,9 kg.
  • Aumento dos depósitos maternos – tecido adiposo 3,6 kg a 4,5 kg.


De acordo com o peso pré-gestacional, é recomendado que a gestante ganhe peso como descrito a seguir:

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Mulheres que ganham peso dentro dos limites propostos têm menor chance de ter filhos muito pequenos ou muito grandes para idade gestacional. No entanto, cerca de 2/3 das mulheres ganham mais peso que o recomendado. Isso leva a complicações durante a gestação, além de contribuir para a retenção de peso pós-parto e, assim, para o desenvolvimento da obesidade e suas complicações ao longo da vida.

 

Impactos da Obesidade na Gestação

A incidência de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) em gestantes obesas é quatro vezes maior que na população geral. O DMG está relacionado tanto ao excesso de peso da mulher ao engravidar, quanto ao ganho excessivo de peso na gestação, e aumenta o risco de aborto e complicações no parto. É necessário um controle rigoroso da alimentação da gestante e, muitas vezes, é preciso usar insulina para o controle adequado da glicemia. 

Em geral, os bebês de mães com DMG são muito grandes (macrossomia fetal), o que leva às complicações durante a gestação e parto. Além disso, o DMG aumenta a chance de a mãe e o bebê se tornarem diabéticos ao longo da vida.

Gestantes obesas também estão expostas a maior risco de hipertensão, trabalho de parto prematuro e infecções do trato urinário durante e gestação. A pré-eclâmpsia, complicação da hipertensão na gestação, que resulta em partos prematuros, é duas vezes mais comum em mulheres com sobrepeso (IMC >26) previamente à gestação e três vezes mais comum em mulheres obesas (IMC >30).


Impactos da Obesidade da mãe para o Recém-Nascido

A macrossomia fetal é a complicação mais frequente em filhos de gestantes obesas, o que pode levar a aborto e complicações no parto, como mencionado anteriormente.

Além disso, mães obesas podem ter mais dificuldade para amamentar os seus filhos. Em geral, há atraso no início da lactogênese (descida do leite), associado a trabalhos de parto prolongados, parto cesariana ou pelo DMG. Pode haver dificuldade na manutenção da amamentação, sendo um dos motivos as mamas volumosas.

A longo prazo, os filhos de mães obesas podem se tornar indivíduos obesos. Durante a gestação, o aumento dos níveis circulantes de insulina, principalmente se houver DMG, levam a aumento no número e volume dos adipócitos do feto, ou seja, a criança já nasce com tecido adiposo maior e mais capaz de armazenar gordura. O ambiente intra-útero rico em açúcar e gorduras modula as vias cerebrais da alimentação e podem predispor a criança a uma preferência por alimentos ricos em gordura.

Portanto, é muito importante que a mulher tenha uma alimentação adequada não só durante a gestação, mas antes de planejar engravidar também!

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Pé diabético

O que é pé diabético?

O pé diabético é uma condição muito grave que ocorre em pacientes diabéticos. É mais comum naqueles com doença com muitos anos de evolução, mas também ocorre no diabetes com poucos anos mas controle ruim. O mais importante é que é uma complicação que pode ser evitada.

Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético”.

Quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos, os nervos do corpo começam a ser afetados, o que chamamos de neuropatia. Como consequência, podem surgir úlceras, infecções, isquemia, trombose. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação.  Segundo o Ministério da Saúde,70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.

Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações.

 

Quais são os sintomas do pé diabético?

 Os sintomas são:
- formigamentos
- perda da sensibilidade local
- dores
- queimação nos pés e nas pernas
- sensação de agulhadas
- dormência
- fraqueza nas pernas. 

Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.

 

Como prevenir o pé diabético?

A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar a complicação. As medidas principais são manter os níveis da glicemia controlados, fazer exame visual dos pés diariamente e avaliação médica periódica.

O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém.  Deve-se verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações.

Algumas orientações importantes para a prevenção:
- É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. 
- A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. 
- Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.  
- Use meias sem costura, de preferência brancas (que ficarão sujas se houver uma lesão). O tecido deve ser algodão ou lã, evitar sintéticos, como nylon.
- Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada.  O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes.  
- O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos.
- Os pés devem estar sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina. 
- Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação.  As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés.

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