Dieta mediterrânea reduz o risco e previne complicações do diabetes
A dieta mediterrânea é uma das minhas preferidas. Uma dieta equilibrada, sem exageros e sem exageros de restrições, sem receitas mirabolantes e com muitas opções de comida boa. É uma dieta com proporções favoráveis de gordura, carboidratos e proteínas, e rica em alimentos antiinflamatórios e antioxidantes. Além de tudo, é economicamente acessível a uma grande parte da população do planeta.
A dieta mediterrânea tem uma relação de 4 componentes vegetais para cada componente animal e as gorduras são ricas em ômega 3. Os 10 principais itens da dieta mediterrânea são:
- azeite extra virgem
- vegetais/ saladas em todas as refeições principais
- peixes ou frutos do mar, pelo menos, duas vezes na semana
- pequenas porções de carne vermelha e frango, menos frequentes que os peixes
- pães de grãos integrais
- frutas frescas todos os dias
- iogurtes naturais todos os dias
- castanhas todos os dias
- vinho com moderação nas refeições
No ADA (American Diabetes Association - um dos maiores congressos de diabetes do mundo) desse ano, foram mostrados os resultados de uma metanálise associando a dieta mediterrânea a 37 diferentes desfechos para a saúde. Os achados mostraram benefícios convincentes para:
- doença de Alzheimer
- demência
- incidência de cânceres em geral
- doenças neurodegenerativas
Os resultados são altamente sugestivos de diminuição de:
- mortalidade em geral
- doença cardiovascular
- doenças coronarianas
- infarto miocárdio
- diabetes
Um outro estudo com mais de 120 mil pacientes mostrou redução de 19% na incidência de diabetes tipo 2 na população que tem como dieta principal a mediterrânea. Os pacientes diabéticos que aderem à dieta mediterrânea têm 68% menor risco de desenvolver retinopatia diabética.
A dieta mediterrânea mostrou benefício, também, na redução de esteatose hepática ("gordura no fígado") em pacientes com esteatose hepática não-alcoólica (associada à obesidade).
A implementação da dieta mediterrânea a pacientes diabéticos leva a diminuição dos níveis de HbA1c, enzimas hepáticas (marcadores da esteatose hepática) e melhora da resistência a insulina.
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