Uma visão geral sobre dietas
O tema alimentação e dieta é sempre atual e está sempre mudando. Informações novas aparecem em todos os cantos e é difícil saber o que é o melhor ou pior a fazer. E, muitas vezes, um alimento que era considerado o vilão passa a ser a solução de todos as dietas e vice-versa. Para saber o que é melhor para sua alimentação, é importante sempre saber quais são as dietas que têm estudos a respeito ou não. Dietas baseadas "na opinião" de revistas, sites ou mesmo nutricionistas e médicos que não tiveram um embasamento científico são um perigo à saúde.
Muitos estudos são feitos a respeito da alimentação nos diversos países do mundo. Apesar das diferenças de culinária ao redor do mundo, as melhores dietas (e as piores) sempre têm pontos em comum.
=> As dietas mais saudáveis incluem quantidades mínimas de comida processada, alimentos frescos e grande quantidade de verduras, legumes, sementes e peixe.
=> As dietas mais prejudiciais contêm calorias vazias em forma de açúcar, gorduras saturadas ou trans, alimentos processados e refinados e porções muito grandes.
Os estudos mais recentes mostram que os principais fatores associados à melhor qualidade de vida e menor taxa de mortalidade por qualquer causa são:
- Não fumar
- Ingerir até uma dose de álcool ao dia (0,6-30g)
- Praticar atividade física regular, pelo menos uma vez na semana
- Ter, pelo menos, uma refeição na semana com peixe
- Comer carnes processadas menos que uma vez na semana
- Consumir frutas diariamente
- Consumir vegetais diariamente
As populações mais saudáveis têm suas diferenças no consumo dos alimentos, mas todas incluem atividade física diária, um "comer consciente", comendo devagar, escolhendo adequadamente os alimentos e com boa socialização.
Mas e para perder peso? Qual a melhor dieta?
Essa é uma pergunta difícil. Perder peso inclui diminuir calorias, aumentar o gasto energético e manter a massa muscular.
É comprovado que qualquer dieta que diminua calorias pode levar a perda de peso. Se você ingere menos calorias do que gasta, vai provocar um desbalanço energético e levar a perda de peso. Portanto, comer menos e fazer mais exercício deveria fazer todo mundo emagrecer.
Muitos fatores podem atrapalhar no processo de emagrecimento. Um deles é a manutenção da massa muscular. As dietas com grande restrição de calorias, ou seja, que permitem que a pessoa coma muito pouco durante o dia, podem levar a perda de mais de 20% da massa muscular. Com diminuição da massa muscular, há também diminuição do metabolismo, e você passa a gastar ainda menos energia no dia-a-dia. E, portanto, fica mais difícil perder peso.
O efeito sanfona está relacionado a isso. Uma dieta muito restritiva diminui sua massa muscular, mas você não aguenta fazer uma dieta assim por muito tempo e volta a comer muito e ganha peso novamente, mas ganha apenas gordura. Faz dieta de novo e perde mais massa muscular. Para de novo e ganha mais gordura. Com isso, diminui cada vez mais o seu metabolismo basal e fica cada vez mais fácil ganhar peso e mais difícil perder.
Uma dieta que tenha restrição de calorias, mas com boa ingestão de proteínas (carne, frango, peixe, ovo), associada a atividade física, mantém a taxa de metabolismo basal e é possível perder peso mais fácil. As dietas cetogênicas (com restrição total de carboidratos) ganharam espaço por isso. Mantêm a massa muscular e levam a uma perda rápida de peso. Mas essas dietas são para serem feitas por curto espaço de tempo, pois podem causar deficiências de vitaminas, minerais e outros nutrientes se feitas por muito tempo.
Tirar um nutriente ou outro da dieta, como se fossem vilões, pode te fazer emagrecer, pois vai haver diminuição de calorias no geral. Se você tirar o glúten, a lactose, ou as frutas, que são as dietas da moda, vai estar ingerindo menos calorias e, certamente, pode perder peso. Mas há evidências de que não há benefícios para a saúde com a retirada desses alimentos em pacientes que não sejam intolerantes a eles e pode, inclusive, causar malefícios a saúde. Além disso, as pessoas tendem a substituir os alimentos proibidos por outros tão ou mais calóricos e voltam a ganhar peso.
A obesidade é uma doença multifatorial, associada a muitos fatores diferentes, mas manter a dieta saudável e encontrar um equilíbrio é o segredo para ter uma vida saudável e agradável. É importante que a dieta do dia-a-dia seja sempre balanceada e, se houver "escapes", aprenda a voltar rápido para a rotina saudável, e não largar tudo porque comeu a mais em um dia.
Para saber mais sobre as diferentes dietas, acesso os links
- dieta low carb; dieta low fat
Transtornos alimentares
O mundo vive hoje uma busca incessante pelo "corpo perfeito", o que gera angústia e frustação para quem acha que não se enquadra nesse perfil. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 53% das mulheres (~45 milhões de mulheres) faz algum tipo de regime. Isso interfere diretamente no estilo de vida e comportamento da pessoa, podendo provocar os transtornos alimentares.
O mundo vive hoje uma busca incessante pelo "corpo perfeito", o que gera angústia e frustação para quem acha que não se enquadra nesse perfil. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 53% das mulheres (~45 milhões de mulheres) faz algum tipo de regime. Isso interfere diretamente no estilo de vida e comportamento da pessoa, podendo provocar os transtornos alimentares.
Transtornos alimentares não são doenças endocrinológicas, mas geram conseqüências, como diversos distúrbios hormonais que, aí sim, envolvem os endocrinologistas. Por isso, a presença de um endocrinologista é útil e necessária, junto à equipe multiprofissional, no diagnóstico e no tratamento destes transtornos.
Os principais transtornos alimentares são bulimia, anorexia e compulsão alimentar. Todos acomentem muito mais mulheres jovens, mas também ocorrem em mulheres mais velhas e homens.
Anorexia
É o mais grave dos transtornos e o mais difícil de ser tratado. A anorexia apresenta a maior taxa de mortalidade ao ano entre todos os transtornos psiquiátricos (5-15% dos casos de anorexia). As causas de morte vão desde inanição até suicídio.
Pacientes anoréxicos têm uma grave distorção da autoimagem, enxergam-se gordos mesmo estando magros. Isso causa depressão e os leva a restringir cada vez mais a alimentação, de forma exagerada e perigosa.
No início, os sintomas são pouco perceptíveis, pois o anoréxico finge estar se alimentando e chega a usar roupas largas, mas alguns casos são extremamente graves, provocando desnutrição profunda, com necessidade de internação em UTI antes do tratamento psiquiátrico. Alguns sinais indicativos são a magreza extrema, parada da menstruação, queda de cabelos, pele ressecada, desânimo, irritabilidade, preocupação exagerada com o corpo.
Geralmente, o paciente com anorexia não percebe o problema, acha normal querer controlar a alimentação. As pessoas em volta também demoram a perceber o problema, apesar de insistirem em dizer que está magro demais e que deve se alimentar melhor.
O tratamento depende muito do paciente, é importante que a pessoa queira se tratar e que entenda que o sucesso do tratamento depende de sua força de vontade e colaboração com os profissionais. É importante, também, que os parentes e amigos aprendam a lidar com a situação e mantenham-se interessados no tratamento. Apenas 40% dos pacientes conseguem se curar.
Bulimia
A bulimia é mais difícil de ser diagnosticada, porque os pacientes, em geral, são magros ou com leve sobrepeso, comem normalmente, inclusive alimentos calóricos. O problema da bulimia são os episódios de compulsão alimentar, com ingestão de enorme quantidade de alimentos calóricos em pouco tempo, e o arrependimento logo em seguida. Para não engordar, a pessoa usa métodos compensatórios, como provocar vômitos, abusar de laxantes e diuréticos, ou fazer exercícios extenuantes.
Alguns sinais podem indicar o transtorno - aqueles que provocam vômitos apresentam dores ao engolir, dores de estômago, feridas na garganta e nos dedos, cáries; o uso crônico de laxantes provoca diarréia no início, mas prisão de ventre posteriormente. Tanto vômitos quanto diarréia podem levar a perda de eletrólitos importantes ao organismo e desidratação, provocando cãimbras, formigamentos, fraqueza muscular. Esses pacientes têm idas recorrentes e demoradas ao banheiro.
Em geral, o paciente tem muita vergonha da situação, e não admite o transtorno. É essencial, também nesse caso, o acompanhamento psicológico e o apoio dos familiares e amigos.
Compulsão alimentar
Os pacientes com esse transtorno, em geral, são obesos e têm histórias de fracassos repetidos em tratamentos para perda de peso.
O transtorno caracteriza-se por episódios frequentes de grande consumo de alimentos calóricos e de baixo valor nutritivo, num curto espaço de tempo (binge eating - "orgia alimentar"). Por exemplo, o paciente come em um tempo menor que duas horas um pacote de bolachas, um pote de sorvete, um sanduíche, uma garrafa de refrigerante e uma caixa de bombons. A maioria dessas pessoas tem vergonha e sentimento de culpa, e come escondida, mas não recorre a métodos compensatórios para evitar o ganho de peso.
Esse distúrbio também necessita de tratamento psicológico e aceitação do paciente em relação ao problema e a necessidade de tratamento.
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