Endocrinologia geral Dra Patricia Baines Gracitelli Endocrinologia geral Dra Patricia Baines Gracitelli

Pé diabético

O que é pé diabético?

O pé diabético é uma condição muito grave que ocorre em pacientes diabéticos. É mais comum naqueles com doença com muitos anos de evolução, mas também ocorre no diabetes com poucos anos mas controle ruim. O mais importante é que é uma complicação que pode ser evitada.

Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético”.

Quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos, os nervos do corpo começam a ser afetados, o que chamamos de neuropatia. Como consequência, podem surgir úlceras, infecções, isquemia, trombose. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação.  Segundo o Ministério da Saúde,70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.

Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações.

 

Quais são os sintomas do pé diabético?

 Os sintomas são:
- formigamentos
- perda da sensibilidade local
- dores
- queimação nos pés e nas pernas
- sensação de agulhadas
- dormência
- fraqueza nas pernas. 

Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.

 

Como prevenir o pé diabético?

A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar a complicação. As medidas principais são manter os níveis da glicemia controlados, fazer exame visual dos pés diariamente e avaliação médica periódica.

O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém.  Deve-se verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações.

Algumas orientações importantes para a prevenção:
- É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. 
- A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. 
- Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.  
- Use meias sem costura, de preferência brancas (que ficarão sujas se houver uma lesão). O tecido deve ser algodão ou lã, evitar sintéticos, como nylon.
- Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada.  O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes.  
- O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos.
- Os pés devem estar sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina. 
- Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação.  As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés.

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Dicas para diabéticos 5 - Ferimentos nos pés

Ferimentos nos pés podem ser muito perigosos para pacientes com diabetes. Mesmo pequenas lesões podem estender-se e levar a complicações muito sérias, se não tratadas. As complicações mais graves são "gangrena" e necessidade de amputação, mais frequentes em idosos ou adultos com mais de 10 anos de doença.

Deve-se tomar cuidado com qualquer tipo de lesão: calos, frieiras, feridas, infecção, rachaduras.

O que fazer:

Feridas

  1. Lave bem com água e sabão e seque com uma toalha limpa
  2. Proteja com gaze esterilizada e seca (evite band-aid, que deixa a ferida úmida)
  3. Fique em repouso com a perna elevada e procure avaliação médica para avaliar a gravidade e tratamento

"Frieiras"

  1. Mantenha os pés limpos e secos
  2. Não tente tirar ou cortar a pele
  3. Aplique um antimicótico local, duas ou três vezes ao dia
  4. Se não melhorar em dois dias, ou piorar, procure um médico

Para evitar o aparecimento de lesões, examine cuidadosamente seus pés diariamente, ao colocar e tirar os sapatos, e tome os seguintes cuidados:

  1. Evite sapatos apertados, com bicos finos ou com irregularidades no interior
  2. Não ande descalço, nem mesmo na praia, piscina ou em casa
  3. Troque diariamente as meias e procure usar meias brancas, que mostram lesões mais facilmente
  4. Mantenha os pés limpos e secos, principalmente entre os dedos
  5. Se aparecerem rachaduras, use cremes hidratantes

Tome sempre muito cuidado com seus pés. Se houver qualquer lesão, procure imediatamente seu médico, não espere que sare sem tratamento.

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