Vitamina D
A vitamina D
A vitamina D tem sido um tema cada vez mais discutido. A deficiência da vitamina tem se tornado muito comum em todo o mundo e suas consequências estão sendo muito estudadas.
Apesar de ser chamada de vitamina, ela é um hormônio, e é indispensável para o equilíbrio nutricional e metabolismo ósseo. Nos últimos anos, tem sido relacionada também à prevenção de câncer, infecções, obesidade, hipertensão, etc.
Como é produzida a vitamina D?
A vitamina D é produzida na pele, a partir da ação dos raios solares ultravioletas. A luz solar converte a pró-vitamina D3 em pré-vitamina D3, que cai na corrente sanguínea e sofre outras reações no fígado e rim, sendo, finalmente, transformada na vitamina D ativa, chamada calcitriol.
A produção da vitamina atinge seu pico após 30 a 60 dias de exposição ao sol do verão.
Além disso, alguns alimentos também são fonte de vitamina D:
- Óleo de fígado de peixes
- Peixes de água salgada (salmão, sardinha, arenque)
- Gema de ovo
- Leite e derivados
Veja a quantidade de vitamina D nos alimentos:
As recomendações de ingestão de vitamina D estão indicadas na tabela abaixo:
Quais as consequências da falta de vitamina D?
O nível ideal de vitamina D no sangue é acima de 30ng/ml. Abaixo de 20ng/ml, há aumento do paratormônio (PTH), hormônio que regula a entrada e saída de cálcio dos ossos, levando a diminuição da massa óssea, com osteopenia/ osteoporose e fraturas.
Em crianças, a deficiência de vitamina D altera a formação dos ossos e o crescimento, causando o chamado raquitismo.
A deficiência de vitamina D também causa fraqueza e dor muscular, podendo estar associada a aumento de quedas em idosos.
Outra ação da vitamina D muito estudada nos últimos anos é a regulação do sistema imunológico. Alguns estudos mostraram maior prevalência de infecções de vias aéreas superiores (gripes e resfriados) em pacientes com níveis baixos de vitamina D e há, também, relação com a tuberculose, diabetes tipo 1, esclerose múltipla e doença de Crohn.
Recentemente, foi demonstrada maior prevalência de doença coronariana (infarto e angina), insuficiência cardíaca e doença arterial periférica em indivíduos com baixos níveis da vitamina, além de hipertensão arterial, resistência à insulina, câncer de mama, intestino e próstata.
Como é feito o tratamento da deficiência de vitamina D?
A deficiência de vitamina D pode ser tratada de várias maneiras:
- aumento da exposição solar – o ideal é a exposição ao sol ao redor do meio dia, quando os raios incidem na pele perpendicularmente, por pelo menos 15 minutos, diariamente
- aumento da ingestão de alimentos ricos em vitamina D – alguns alimentos são enriquecidos com cálcio e vitamina D, principalmente leites e derivados
- reposição via oral com medicamentos
A dose oficial recomendada de vitamina D é de 400UI por dia para indivíduos com menos de 70 anos e 600UI por dia para maiores de 70 anos. Mas estudos mais recentes recomendam doses cada vez maiores. Não existe um valor definido para que haja excesso de vitamina D, a ponto de causar toxicidade. Doses de até 50.000UI por semana têm sido prescritas com segurança.
Por que a deficiência de vitamina D é tão comum?
Mesmo em países tropicais, como o Brasil, a deficiência da vitamina D têm sido cada vez mais diagnosticada. As hipóteses são:
- pouca exposição solar e, quando há, associada ao uso de protetor solar
- envelhecimento da população, com menor capacidade da pele idosa de sintetizar a vitamina D
- poucas atividades ao ar livre
- quantidade insuficiente de vitamina D na dieta